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Os novos sedentários

Em todas as minhas consultas eu sempre pergunto aos meus pacientes sobre como está a frequência da atividade física. Uma das frases que mais tenho ouvido no consultório é: “Fazia doutor, mas desde que iniciou a pandemia parei de fazer”.

À medida que foi passando o tempo as pessoas foram desanimando, perdendo a motivação, a ansiedade começou a tomar conta e passamos a comer demais e fazer exercícios físicos de menos.

Manter o ritmo de atividades físicas em dias normais já é complicado para muita gente, imagina em tempos de pandemia…  É incrível o quanto nós usamos de todos os artifícios para deixar de lado a atividade física, tudo é motivo para adiarmos ou suspender definitivamente os exercícios.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) antes da pandemia, quase metade da população brasileira (47%) não praticava o mínimo de exercícios para manter o corpo saudável. O país lidera o ranking de sedentarismo na América Latina e é o quinto mais sedentário do mundo, situação que se agravou ainda mais. Hoje, são pouquíssimos que tem a disciplina de fazer uma atividade física no confinamento.

O resultado disto é o aumento de inúmeras doenças, como: obesidade, colesterol alto, aumento da glicemia, apneia do sono, infarto, AVC, asma, além de risco aumentado para o Covid nos obesos sedentários. Não menos preocupante, ainda temos os efeitos nocivos do sedentarismo na ansiedade, depressão, na autoconfiança, no aumento do estresse, e principalmente na atividade hormonal.

Reafirmo aqui, que as restrições causadas pela pandemia não são motivos suficientes para o abandono das atividades. Para você que parou de exercitar devido ao isolamento, já passou da hora de voltar e pra quem já estava parado desde antes, a hora é agora !! MOVIMENTE -SE !

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