CDC

Trabalho, Estresse e Burnout

Desde os primórdios da humanidade, o trabalho ocupa um papel central nas nossas vidas, sendo fator relevante na nossa formação e inserção social. O bem-estar adquirido é proporcionado pela satisfação de condições tais como a renda, o emprego, aquisição de bens, segurança, motivação, relações de autoestima, apoio e reconhecimento social. Afinal “o trabalho dignifica o homem”

 Principalmente nestes tempos de pandemia a fragilidade emocional traz grande sofrimento, ampliando-se para o campo das relações de trabalho, aumentando sua tensão emocional, levando ao surgimento da síndrome de burnoute/ou do estresse ocupacional.

O Estresse

Não há um consenso sobre o termo estresse. Alguns autores entendem que representa uma adaptação inadequada à mudança imposta por situações externas, uma tentativa frustrada de lidar com os problemas, mas estresse também pode ser definido tanto para descrever uma situação de muita tensão quanto para definir a tensão a tal situação.

Em nossa sociedade, tentamos atingir níveis de prestígio e certos padrões de comportamento, de maneira que uma frustração na realização desses aspectos pode desencadear o estresse. A saúde pode ser lesada não apenas pela presença de fatores agressivos, mas também pela ausência dele e um bom exemplo disso é o que estamos vivendo agora (falta de comunicação com outras pessoas, falta de diversificação, monotonia, home office…). Portanto, pode-se verificar que algum estresse é importante para a realização de qualquer atividade e que sua total ausência, assim como seu excesso, podem ser prejudiciais à saúde.

E o que é burnout?

Sua melhor definição inclui três componentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. A exaustão emocional é caracterizada por uma sensação de esgotamento, de falta de recursos emocionais  para lidar com as rotinas do dia a dia. A despersonalização é o resultado de sentimentos e atitudes negativas, ou indiferentes com paciente, colegas ou clientes.   Por último, a falta de interesse pelo próprio trabalho. Trata-se de uma síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas não lhe importam mais e qualquer esforço lhe parece inútil.

Burnout não é o mesmo que estresse ocupacional. Burnout é o resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas condições de estresse. É caracterizada como uma resposta ao estresse laboral crônico e tem como consequência uma dessensibilização dirigida às pessoas com quem se trabalha, incluindo usuários, clientes e a própria organização. Assim, burnout não é um evento, mas sim um processo, podendo ser considerado com um quadro clínico mental avançado do estresse ocupacional.

Nesse período de tempos difíceis, devemos estar sempre atentos para identificar precocemente qualquer tipo de alteração na nossa saúde mental. Seguimos vigilantes ! FOCO, FÉ E FORÇA!

× Como posso te ajudar?